2013/10/31

Resultados Eleitorais Autárquicas 2013 e a Fraude. Quem Ganhou o Quê.


Sonchus Asper, Serralha espinhosa.
Manuseada com cuidado a serralha espinhosa tem utilidade; os nossos políticos não têm qualquer utilidade, são apenas "espinhosos" malfeitores.


Nos tempos "aureos" deste blog "SOCIOCRACIA", quando era actualizado regularmente, tinha um número de visitas diárias quase "interessante" e fazia parte dos "roteiros de leitura" de muitos "bloguistas"... (e doutros que nunca quiseram que se soubesse), no dia a seguir a cada Eleição, era tarefa obrigatória refazer e comentar os resultados eleitorais levando em linha de conta a Abstenção, como deve ser em democracia.

Foi nesse labor pós eleitoral regular que me apercebi da verdadeira dimensão da FRAUDE que é quem decide das eleições, entre nós. Fraude que é também o ÚNICO motivo que está a emperrar e a impedir a institucionalização do voto electrónico.

Depois fui perdendo o hábito devido a contratempos de vária ordem que perduram até hoje, contratempos que estão abundantemente documentados por aí...

Hoje volto aqui, não para refazer as contas como antigamente, mas para fazer 2 pequenas observações.

Volto aqui porque tive curiosidade de ver os resultados, o nível de abstenção e encontrei, por acaso, referências a um "discurso" de António José Seguro onde este afirma: "Nestas Eleições há um vencedor: o PS (...)"


Partidos% VotosVotantesMandatos
PS
36,27%1.793.165907
PPD/PSD
16,63%822.126521
PCP - PEV
11,05%546.467209
PPD/PSD.CDS-PP
7,66%378.520154
GRUPO CIDADÃOS
6,84%338.068109
CDS-PP
3,03%149.65144
47.41%
Inscritos Apurados:9.401.518
Não votaram: 4.457.419
























Para verificar o quanto o PS (e o Seguro) são vencedores peguei na calculadora e, querem ver o que obtive?

Dividindo "nº de votantes PS - 1 793 165" por "Total de inscritos - 9 401 518" obtém-se 0,19135.

Ou seja, a votação no PS quedou-se pelos 19,14% do total de eleitores.  Dezanove por cento! "Grande" vitória do PS.

Sublinhe-se: vitória DO PS.

Como vê, se você decidiu ir votar para derrotar o governo não ganhou nada com isso porque a "VITÓRIA" é do PS...

Mas nem disso temos garantia absoluta, nem do nível de abstenção que ultrapassou os 47%, nem de nada porque a Fraude "engole" tudo, podem ter a certeza. É para favorecer a fraude e só por isso que existem e se mantêm os "eleitores fantasma", que se recusa e boicota, obstinadamente, a implementação do voto electrónico, etc.

Porém, quando eu falo de "valoração da abstenção" cuja importância, necessidade e valor os arautos da propaganda nazi (que são muitos nos meios "intelectuais") costumam achincalhar e ridicularizar, falo duma forma de reduzir as possibilidades de fraude:
Actualmente os membros das mesas de voto são indicados pelos partidos; e são esses membros das mesas que concretizam uma parte da fraude. Com a valoração da abstenção deixa de fazer sentido atribuir os lugares nas mesas de voto apenas a militantes partidários; qualquer cidadão poderia e deveria ser membro das mesas de voto. Isso faria com que a fraude fosse detectada e conhecida de muitas pessoas e acabaria por ser impossível. Mesmo a fraude pós contagem nas mesas passaria a ser mais difícil e mais facilmente detectável.

Mas convém não esquecer que a importância da valoração da abstenção vai muito para  além disso...

Uma outra questão que me chateia a sério é que o PS passou a ter, no "Processo Casa Pia" o seu "desastre de Camarate".

Até há bem pouco tempo, de cada vez que havia eleições, lá vinha o "Processo de Camarate" novamente à tona. Não para esclarecer "Camarate" (que toda a gente já sabe como aconteceu), mas para ser usado como demagogia eleitoral na tentativa de caçar "votos de piedade".

O PS fez o mesmo, nestas eleições, com o "Processo Casa Pia" usando declarações de Marinho e Pinto, as retratações das falsas vítimas, etc. num vídeo que tem feito furor nas redes sociais, principalmente entre os apoiantes de Carlos Cruz.

O PS, ao menos enquanto governo, é um dos principais responsáveis pelo facto de aquela aberração de processo, o "Processo Casa Pia", ter sido possível, ter tido o desfecho escabroso que teve... e por tudo o resto.
Na verdade, o PS tratou apenas de salvaguardar os seus militantes, in extremis, preservando-os de irem à barra do Tribunal depois de as cúpulas do PS terem conseguido os seus objectivos com a "cabala". Estou a afirmar que foi o PS (as cúpulas do PS) quem intrumentalizou a cabala contra o PS. Foram os únicos que realmente tiraram partido, embora a intenção (doutros) pudesse ter sido outra.

A "cabala" de que o PS foi vítima, foi instrumentalizada e utilizada pela cúpula do PS, com o envolvimento activo do Presidente Sampaio também ele PS, para afastar Ferro Rodrigues e fazer eleger Sócrates, a quem nunca se ouviu uma palavra sequer contra a monstruosidade que foi o "Processo Casa Pia". Nem uma palavra nem uma acção; nem do governo PS, nem do Presidente PS, COMO SE IMPUNHA em face da violação de todos os valores fundamentais duma sociedade democrática e em face dos atentados contra o "Estado de Direito". E vem agora o PS tentar ganhar votos com a vergonha que é o "Processo Casa Pia"???

Tenham dó e um mínimo de pudor.

O PS ganhou? Nem vergonha ganhou. Com 19% dos votos o PS não ganhou nada. Esse resultado só lhe permitiria ganhar vergonha, mas isso não ganhou porque não tem capacidade cívica para tanto.

O PS não ganhou e nós continuamos a perder às mãos dos políticos do PS e de todos os outros partidos. São todos iguais.

Eu sou apoiante de Carlos Cruz por uma questão de civismo e de integridade intelectual. Sou apoiante de Carlos Cruz como o sou de qualquer outro injustiçado, COMO EU TENHO SIDO. Mas não me peçam para divulgar e partilhar um vídeo em que os responsáveis pelo descalabro em que nos encontramos, onde o "Processo Casa Pia" teve um papel essencial, se arvoram o direito de tirar partido eleitoral da sua própria vilania, da sua própria actuação infame e conivência com toda a ignomínia que grassa na nossa sociedade.

Tenho pena de Carlos Cruz; com apoios tão vesgos e oportunistas não precisa de inimigos...


Esperemos que este texto seja o indício de que, por aqui, as coisas comecem a normalizar porque, pela certa, vêm aí eleições nacionais e falta gente que analise as coisas como elas são, que desmistifique a demagogia que nos intoxica e sufoca.

Até breve... espero!





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 APELO! 
Participação Cívica e Direitos Fundamentais: 
--- Assine a petição AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI 
(Nota: Alguns dos sites "linkados" começaram por boicotar a petição impedindo as pessoas de assinar e, mais recentemente, suprimiram a página com as assinaturas. Apenas "Gopetition" se mantém acessível sempre) 
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--- Com actualizações AQUI e AQUI 
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2009/09/26

A FRAUDE ELEITORAL.

O Impacto da Fraude Eleitoral (II)
Neste texto tentei escalpelizar, com os dados disponíveis (a CNE não respondeu às minhas perguntas) algumas das facetas e consequências da FRAUDE ELEITORAL.
A fraude existe! Há vários relatos e referências, que vêm de longa data e que a confirmam.

Para além de todas as referências e relatos que se ouvem, temos ainda a desonestidade que campeia nos (e monopoliza os) meios políticos com acesso ao Poder e ao Parlamento a CONFIRMAR a existência da Fraude.
Os relatos e notícias que nos chegam referem-se apenas a alguns dos actos fraudulentos. Acredito que a verdadeira dimensão da fraude é muito maior e que os actos fraudulentos mais gravosos nunca saem do segredo dos “deuses” que os praticam; nem deles nunca nos chegam “notícias”.

Não vou enumerar, aqui, as múltiplas formas que a fraude pode assumir, até para não “estimular” a imaginação de alguns e assim contribuir para agravar o problema; vou apenas analisar, dum outro ponto de vista, as consequências da fraude nos resultados eleitorais, em termos de deputados eleitos.

No texto acima referido chegámos à conclusão de que pode haver 4 deputados eleitos pela fraude, contando apenas com as formas de fraude descritas, mas atribuindo cerca de 20 mil votos a cada um desses deputado.
Porém, foi cometido um erro: as contas foram feitas pelo critério que nos parece correcto e não pelo método vigente: o método de Hondt.

A realidade é bem diferente: no sistema actual de atribuição de mandatos, é possível obter muito mais mandatos com contribuição da fraude, MESMO QUE A FRAUDE SEJA DE MUITO MENORES DIMENSÕES.

Concretizemos:

O “nosso” sistema eleitoral” usa o método de Hondt para determinar quais os deputados que devem ser eleitos.

O método de Hondt estipula que sejam eleitos os deputados do partido com maior número de votos, até prefazer o total de mandatos; isto é: elege-se o primeiro deputado do partido mais votado.
Aos votos desse partido retiram-se os votos necessários para eleger um deputado e depois comparam-se novamente os totais de votos remanescentes de cada partido, continuando a eleição sempre pelo partido que tiver maior número de votos. Isto significa que, nos Distritos com elevados índices de abstenção, como o número de deputados a eleger não se altera, podem ser eleitos deputados com apenas 10 mil ou mesmo 5 mil votos... ou menos.

Explicado o método de forma sucinta, suponhamos então que estamos a acompanhar a eleição dos deputados por Lisboa.
A certa altura falta eleger 3 ou 4 deputados e o número de votos remanescentes, de cada partido é muito próximo. Suponhamos que temos o partido A com 18 mil votos, o partido B com 18 200 votos, o partido C com 18 350 votos, etc... Os próximos 2 deputados eleitos sê-lo-ão pelo partido C e pelo partido B.

Pois é! Mas se os partidos C e B tiverem sido “beneficiados”, com 400, ou 500, ou 600 votos fraudulentos cada um... e ainda tiver sido possível prejudicar o partido A com uns 100 ou 200 votitos “anulados” pela fraude, por exemplo, todos os partidos com acesso à fraude elegerão o seu último deputado antes dos partidos “segregados” elegerem o seu primeiro deputado. Os partidos segregados são os partidos mais pequenos...

E estamos a falar duma fraude com dimensão de, APENAS, cerca de 2 mil votos. Uma “brincadeira de crianças” em cidades como Lisboa com as suas 53 Freguesias e as suas cerca de 1500 mesas de voto, a juntar às mesas de voto do resto do Distrito que é o mais populoso do País.

Estendam isto ao total dos 18 distritos, com as devidas adaptações, e terão uma ideia das potencialidades e da dimensão da FRAUDE que é possível com uns escassos 10 mil ou 15 mil votos fraudulentos...
A minha percepção garante-me que, na realidade, há muito mais do que 10 mil ou 15 mil votos fraudulentos.
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APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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2009/07/19

Petição Para Valoração da Abstenção

Petição Para Valoração da Abstenção e redução, para 100, do número máximo de Deputados.

A proposta para Valorar a Abstenção

MANIFESTO!

Iniciado que está um novo ciclo eleitoral, achamos que é altura de fazer ouvir a nossa voz também.

A “NOSSA VOZ” é a voz dos segregados, dos ignorados, dos ultrajados, dos que são constantemente “lixados” pelo sistema e pelas suas instituições; dos que são vítimas, permanentemente, do gangsterismo e criminalidade institucionalizados (que se exercem de dentro das instituições) com que nos defrontamos todos os dias, que nos molestam das mais diversas formas.
O regime político actual, a chamada Democracia Representativa, não tem nada de DEMOCRACIA e nem é representativa.
Não tem nada de Democracia, já lá vamos.
A provar que não é representativa está o elevado número de abstenções. Nas recentes Eleições Europeias (Europeias 2009) os deputados eleitos representam (receberam os votos de), APENAS, 32,62% dos eleitores. Ficaram de fora, sem serem representados, 67,38% dos Eleitores. E, no entanto, TODOS os lugares para o Parlamento Europeu foram preenchidos, como se todos tivéssemos votado...
Note-se que, se fosse um referendo, o resultado não era vinculativo; não tinha mérito. Porquê esta dualidade de critérios?
Os políticos têm uma série de desculpas e “explicações”, invariavelmente cínicas, para esta anormalidade, mas “explicações” e argumentos cínicos qualquer malandrim tem para “justificar” (e manter) as suas patifarias...
Quero dizer com isto que a culpa é dos políticos e só deles. É a forma de fazer política que está na origem desta situação e é isso que tem de mudar!

Não tenhamos ilusões! Este sistema político NAZI, manhosamente disfarçado de “democracia”, impropriamente alcunhado de democracia, não irá mudar, quero dizer: NÃO IRÁ MELHORAR, por iniciativa dos políticos. Porquê? Para quê? Eles não necessitam de mudar o sistema; PARA ELES funciona muito bem. E funciona SEMPRE por maior e mais generalizado que seja o descontentamento; traduzido em abstenção PORQUE ELES são TODOS iguais, não há por onde escolher...
Este sistema não tem nada de democracia: é um sistema político vigarista e NAZI. É nazi, desde logo ao eliminar do mapa dos cidadãos com direitos todos os que não votam “NOS ELEITOS”. É vigarista fazendo as contas dos resultados eleitorais como se NÓS não existíssemos, apropriando-se, ILEGITIMAMENTE, da nossa representatividade e dos votos que lhes recusámos. Isto é um procedimento tipicamente NAZI; de democracia não tem nada. É uma ditadura de malandros sem vergonha.
Para “legitimarem” esta sua patifaria de consequências desastrosas, esses salafrários: os políticos e seus apaniguados, usam e abusam da propaganda NAZI, insultando e injuriando quem ousa manifestar assim o seu descontentamento e não votar neles, não votar porque não se justifica o esforço, bem pelo contrário: dá náuseas participar de semelhantes palhaçadas depois das campanhas eleitorais vergonhosas, onde tudo é usado EXCEPTO A VERDADE, onde os eleitos assumem compromissos conscientemente mentirosos, que regenam após tomarem posse com as desculpas mais torpes, mas que voltam a usar quando de novo em campanha.

Este estado de coisas conduziu-nos a um descalabro sem precedentes que, todavia, ameaça agravar-se.

Já não há métodos da propaganda nazi que lhes valham, que permitam continuar “a tapar o Sol com a peneira”; está à vista de todos... mas ELES negam! Sobretudo negam as suas responsabilidades, mesmo que essa estratégia da propaganda nazi só sirva para aumentar o desespero dos cidadãos e o fosso entre estes e a política.
As responsabilidades são deles e só deles: assim como têm usurpado a nossa representatividade, usando-a para cometer toda a espécie de crimes e abusos, comprometendo o nosso futuro, também podiam tê-la usado para fazer o que é correcto, o que é necessário fazer. Mas issso é contra a sua natureza... de escroques.

A impunidade que este sistema garante a essa gente sem vergonha, aos políticos (e garante-lhes impunidade porque ELES não têm vergonha, nem dignidade e não são obrigados a ter) é perversa a ponto de já ser quase banal haver notícias sobre os crimes cometidos por políticos e políticos criminosos que se pavoneiam sem pudor. E, digo eu, isto só pode acontecer porque não há nenhum político que preste. Conclui-se que as pessoas que prestam não têm lugar na política...

Este estado de coisas conduziu-nos a um descalabro sem precedentes não só na política mas também na Justiça que se transformou num antro de perfídia, controlada por criminosos; que só serve para proteger criminosos e para perseguir e molestar os cidadãos honestos.
Na justiça portuguesa, quando se trata de proteger criminosos, invoca-se a DEMOcracia e os “Direitos Liberdades e Garantias”; mas, por outro lado, quando se trata de molestar e perseguir os cidadãos de bem, todos os pretextos servem: serve como pretexto o facto de o cidadão se indignar e dizer o que pensa e sente; como serve o facto de o cidadão ser vítima dum crime e denunciar o respectivo criminoso ou criminosos. Neste último caso, como NUNCA se prova nada, contra bandidos, na justiça portuguesa (e o cidadão também não pode fazê-lo porque lhe é proibido investigar) fica “provado” que o cidadão se queixou “e não provou” (porque está impedido, por lei, de o fazer e quem pode e deve NUNCA o faz), logo será molestado perseguido e condenado, espoliado dos seus bens até... porque ousou beliscar os “direitos liberdades e garantias” existentes para uso exclusivo de criminosos e bandidos...

Pior! Chegam-nos “notícias” de diversas proveniências dizendo que, TAL COMO A POLÍTICA, o sistema judicial TAMBÉM está minado de criminosos, está minado pela Alta Criminalidade que se “protege” “combatendo” a CORRUPÇÃO, conspirando, acusando inocentes, alimentando escândalos vergonhosos como o Processo Casa Pia, etc. Tudo isso para desviar atenções e manter o alarme social com essas notícias, para que os seus crimes e respectivas consequências não tenham espaço nas notícias...
Isto é democracia?
Os políticos, claro, DIZEM nada ter que ver com a “Crise da Justiça”, devido à “famigerada” separação de poderes. Tal como tudo o resto, também este princípio é distorcido e abusado para “legitimar” a actual tirania, QUE SE EXERCE COM A CUMPLICIDADE DOS POLÍTICOS. De quem mais? Os políticos é que são eleitos, os juízes não são; são nomeados e mantidos pelos políticos...

Este estado de coisas conduziu-nos a um descalabro sem precedentes no sistema de Segurança Social que ameaça ruir a todo o momento; no nível de vida que piora em vez de melhorar; na economia onde impera o “faz de conta”; no progresso social e económico que é, cada vez mais, retrocesso, deixando os jovens sem perspectivas profissionais e os desempregados desesperados por ausência de esperança de voltarem à vida activa.

Não tem de ser assim! TODOS os problemas têm solução desde que se coloquem as pessoas certas nos lugares certos, desde que HAJA vontade de os resolver.

A eterna desculpa é a de que não há meios. É FALSO! Os meios existem!
Existem e estão, actualmente, a ser delapidados para custear a chulice dos políticos e seus apaniguados (acessores, consultores, etc.);
Estão a ser delapidados para pagar ordenados escandalosos, de gangsters, a administradores e gestores de empresas com participação do Estado, que fornecem bens essenciais (pagos por nós);
Estão a ser delapidados pagando vencimentos escandalosos aos que não são eleitos e, ainda assim, ocupam os cargos;
Estão a ser delapidados para pagar reformas escandalosas que, em alguns casos, até acumulam com vencimentos tambémde valores muito elevados...
OS MEIOS EXISTEM MAS ESTÃO A SER DELAPIDADOS, ROUBADOS por essa cambada de energúmenos, de inúteis, de salafrários, de INCOMPETENTES.
Neste texto demonstrei que a delapidação do Erário Público pelos meios que aqui se enumeram ascende a mais de 20% (VINTE POR CENTO) da Despesa Pública Corrente e há muitas outras formas de delapidação que não foram contabilizadas... Gerindo adequadamente esses meios, “geram-se” mais meios, e podem-se resolver muitos problemas, fazendo crescer a economia e subir o nível de vida dos cidadãos; até se pode reduzir a carga fiscal.

É por isso e para isso que APELO a que todos assinem esta petição EXIGINDO A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO e a REDUÇÃO DO NÚMERO MÁXIMO DE DEPUTADOS PARA 100 (Cem Deputados); A Assembleia da República passará a ter cem deputados, se e quando TODOS os eleitores votarem.

Resumidamente, a Valoração da Abstenção significa que cada partido elege uma percentagem de deputados, ou vereadores (ou o que for) igual à percentagem REAL de votos que recebeu dos eleitores, tomando como base o total de eleitores inscritos. Significa que a percentagem de abstenção se reflete em lugares vazios (porque os respectivos titulares não foram eleitos).
Significa que a duração dos mandatos é reduzida em função da percentagem de votos obtidos nas urnas e depois disso esse executivo só se mantem se for referendado e obtiver mais de 50% dos votos.
A governação é um assunto muito sério, que diz respeito a todos, logo deve ter a concordância da maioria, pelo menos; não pode ser decidida, em definitivo, por meia dúzia de pessoas das quais uma grande parte é iludida com falsas promessas, ou com outras patranhas irrelevantes.


Estas alterações do sistema eleitoral (ou outras) bem como os vencimentos dos políticos devem passar a só poder ser decididas através de REFERENDOS.
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2009/06/14

Resultados das Eleicoes Europeias 2009

Resultados das Eleições Europeias 2009.

O ridículo de “cantar vitória” com mais de 62% de Abstenção, 1,72% de votos em Branco e 0,74% de votos Nulos; isto é: com 65,40% de eleitores que NÃO CONFIAM nestes “deputedos”, sem contar com os votos nos pequenos partidos.

É nossa sina! Então vamos lá a refazer as contas para desmascarar a vigarice dos "Resultados Oficiais".

Total de eleitores 9 600 629 ----- 100%

Abstenção ------ 6 043 596 ------- 62,95%
Brancos --------- 164 829 ------ 1,72%
Nulos ----------- 71 135 ------- 0,74%
TOTAL -------- 6 279 560 ------- 65,40%

Votantes e percentagens de votos dos partidos com resultados OFICIAIS superiores a 1%

-----Partido ------- Nº Eleitores -------- % Oficial ------ % REAL
------- PSD ------------ 1127026 ---------- 31,68% ------- 11,74%
------- PS -------------- 945303 ----------- 26,58% -------- 9,85%
------- BE -------------- 381787 ----------- 10,73% --------- 3,98%
-----PCP-PEV -------- 379286 --------- 10,66% ------- -- 3,95%
------- CDS ------------- 297793 ----------- 8,37% ---------- 3,10%
------- MEP ------------- 52924 ----------- 1,49% ---------- 0,60%
------PCTP ------------- 43077 ------------ 1,21% ---------- 0,45%

Donde se conclui que os “eleitos” para o Parlamento Europeu representam 32,62% do Total de Eleitores...
Não há dúvida de que, assim, se constrói uma "Europa dos cidadãos" a sério!
Dizer que isto é Ridículo é usar um eufemismo.

Não me digam que não é dum ridículo levado aos extremos “cantar vitória” com uns reles 11,74% de votos... Até porque TODOS os partidos com deputados eleitos, á excepção do BE, perderam MUITOS eleitores, desde as últimas legislativas..

Este crescimento do BE é sintomático e preocupante: as pessoas estão cansadas da vigarice e desonestidade dos políticos, mas caem na esparrela de dar o seu voto a esta gente sem princípios, tão desonesta como os restantes. Estes eleitores são “levados” na conversa demagógica e falsa, oca, desta Publicidade enganosa. Coitados! Quando “acordarem” e perceberem o logro em que caíram, vão ter uma grande desilusão; mais uma...
Isto é duma extrema perversidade para a democracia. É por isso que se diz que os “falsos amigos” são muito piores do que os inimigos.

É urgente acabar com esta vigarice, com este descalabro de consequências desastrosas para a sociedade!

É por isso que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.

Toda a gente tem consciência das terríveis implicações que esta realidade acarreta. Note-se que o resultado dum REFERENDO com esta votação, não é vinculativo; não tem "mérito"; então porque raio têm estes senhores legitimidade para se dizerem "eleitos" e ainda por cima para usurparem até a representatividade dos que não votaram neles?

É claro que há, por aí, uns "aprendizes de ditadores déspotas" que logo avançam uma "solução" ao nível do seu baixo nível cívico:
Se o cidadão se recusa a votar neles e, por isso, logicamente e naturalmente, nem se dá ao trabalho de ir votar, em vez de arrepiarem caminho e se esforçarem por merecer a confiança dos cidadãos e por lhes conquistarem o voto, em vez de exercerem as suas funções com lealdade, idoneidade e DECÊNCIA, esses estafermos "resolvem" o SEU problema de consciência propondo a obrigatoriedade do voto.
Se o cidadão expressa o seu descontentamento e desprezo, não votando... repressão para cima desses "malandros" que ousam "pôr em causa a demo cracia". Sim porque a manifestação de vontade e de opinião dos cidadãos, nada tem que ver com a DEMO cracia deles. Nesse regime eles é que mandam, eles é que decidem, eles é que sabem, eles é que se apropriam de tudo (como se apropriam dos votos que não lhes são confiados) e o "bom" cidadão tem de concordar, como rezam as cartilhas da propaganda nazi...

Até quando estará a sociedade subjugada por estes sabujos?

2007/02/15

Os Assuntos Que Queremos Referendados

Referendo sobre a Despenalização da IVG!
O SIM Ganhou! Parabéns a todos os que participaram e se mobilizaram por uma sociedade mais digna e mais evoluída.

Os resultados do referendo acerca da despenalização da IVG (despenalização das mulheres que recorrem ao aborto) abriu novas esperanças.

Com uma participação de 43,62% dos Eleitores (Abstenção de 56,38%) o Sim teve, ainda assim, um resultado expressivo de 59,26%, contra 40,74% do não.

Em 1998, no mesmo referendo sobre a despenalização da IVG, a abstenção foi de 68,11%, ficando-se a participação dos eleitores por uns escassos 31, 89%

Segundo os números oficiais, os resultados de 1998 foram de 48,28% para o Sim e de 50,07% para o Não.
Em 1998, o Não ganhou com uma diferença de 48 624 votos. Agora, em 2007, o Sim ganhou com uma diferença de 699 491 votos.

Os defensores do Não fazem notar que o referendo não é vinculativo e pretendem usar esse argumento para distorcerem a vontade expressa nas urnas, de modo a criar condicionalismos na lei que tornem inacessível a prática da IVG no sistema nacional de saúde. Nós já sabíamos isso e sempre alertámos para esse perigo. Isto é gente que detém o controlo do poder, contra a vontade expressa pelos cidadãos e não se espera que abdiquem das suas prerrogativas absurdas e prepotentes numa questão que envolve tantos e tão obscuros interesses…

Este referendo não é vinculativo? O anterior também não era mas a lei, absurda, ilegítima e abusiva, manteve-se em vigor, violando os direitos fundamentais das pessoas, perseguidas sem o consentimento e a concordância expressa da sociedade… Já neste post publicado em Novembro de 2004 abordei essa questão

Mesmo não sendo vinculativo o resultado expressa bem a vontade, esclarecida, da população. E, não tenham ilusões os reaccionários, nem tenhamos nós dúvidas. Se este referendo não resolver o problema, se for necessário outro referendo, o problema será resolvido, porque as pessoas acabarão por perceber o que têm de fazer e fá-lo-ão.

Vejamos, com mais detalhe, a evolução dos resultados do anterior para este referendo. Este exercício é importante para percebermos um conjunto de coisas e para podermos perspectivar o futuro também em relação à resolução doutras questões.

Neste referendo votaram mais 1 150 mil eleitores do que no anterior. Os votos Sim cresceram 71%, enquanto que os votos não cresceram apenas 13%. Registe-se o facto de os brancos + nulos terem duplicado e o esforço dessas pessoas para tornar o referendo vinculativo, mesmo não querendo optar em relação à pergunta.

Não vou refazer as contas, porque não se justifica, ao contrário das eleições, onde está em jogo a credibilidade e o apoio expresso a quem é votado e, consequentemente, a sua legitimidade para decidir em assuntos que dizem respeito a TODOS. Aqui trata-se duma decisão; decide quem participa… A diferenciação ainda se justifica porque os eleitos são aldrabões, mentirosos e vigaristas (e reivindicam o direito de continuar a sê-lo mesmo contra a opinião maioritária).

Os defensores do não (e os intelectualoides misantropos que passam o tempo a se desculpar com “os outros” para disfarçarem as suas limitações e a sua influência negativa) fazem notar que o referendo não é vinculativo, devido ao valor elevado da abstenção, usando isso como arma de arremesso contra quem se queixa dos políticos e da situação, mas há muitas outras coisas que se devem “fazer notar”

1- A influência da abstenção técnica (devida à manutenção, absurda e perniciosa, de eleitores fantasma nos cadernos eleitorais) na vinculabilidade do resultado;

2 - A urgência na institucionalização do voto electrónico, seguro, não vigarizável; permitindo a todos e cada um dos eleitores votarem em qualquer parte, sem necessidade, sequer, de se deslocarem a uma mesa de voto, como forma de reduzir, substancialmente, a abstenção. (Mas com o funcionamento, também, das mesas de voto… electrónico). Até o Brasil já conseguiu, embora de forma ainda insípida e insuficiente, adoptar o voto electrónico; só neste atraso de país é que não se consegue, apesar dos choques tecnológicos, da “aposta” na inovação e apesar do “Simplex”. Na prática o que se quer e o que se impõe à sociedade e aos cidadãos é o “Complicadex”

3- A urgência na institucionalização do voto electrónico, seguro, não vigarizável, permitindo a abolição da abstenção técnica e prevenindo as vigarices eleitorais que sempre acontecem em todas as eleições, permitidas pelo “papelinho na urna” à mercê da maior ou menor honestidade e idoneidade de cada um dos elementos das mesas… e dos outros que estão a seguir.

Colocadas estas questões prévias e a necessidade de avaliar os resultados com estas condicionantes, vamos às questões que considero realmente (e transcendentemente) importantes, quanto à leitura dos resultados do referendo.

A questão do aborto é uma questão particular, delicada, acerca da qual se tem gerado muita confusão e dito muitos absurdos em forma de campanha nazi. Nestas questões, os que não estão directamente envolvidos tendem a alhear-se porque ainda existe uma grande quantidade de pessoas manipuláveis pela PROPAGANDA e pela demagogia. Até alguns dos que estão directamente envolvidos se alheiam porqque acham que os seus casos são especiais (só eles é que devem decidir e decidem sempre bem...), mas quando se trata "dos outros" há que ter cuidado porque, se não, é uma desgraça... Por isso a questão é pouco mobilizável…
Idem para o referendo sobre a regionalização. Este nem a mim mobiliza porque não creio que a resolução dos nossos problemas passe por aí…

Os Referendos Que Nós Queremos!

Ao invés de fazerem referendos sobre questões controversas, pouco mobilizadoras e particulares, os nossos políticos deviam referendar as questões importantes, que permitem resolver os nossos problemas colectivos, aqueles que dizem respeito a todos.

Esses problemas (esses assuntos a referendar) são:

a) A alteração deste sistema eleitoral vigarista e a valoração da abstenção (para que os cidadãos possam responsabilizar e punir os políticos pelos seus actos perversos e pela sua cumplicidade para com a perversidade doutras instituições, com especial destaque para a Justiça)

b) Redução do número máximo de deputados para 150 (correspondentes a 100% dos votos), para acabar com aquela chulice vergonhosa dum parlamento inútil mas que absorve 10% da despesa corrente do Estado.

c) Acabar com os vencimentos escandalosos, com as acumulações de reformas com vencimentos, de reformas com reformas. Estabelecer limites superiores para reformas e vencimentos indexados aos valores mínimos e médios.
P. Ex: valor máximo de reforma ou pensões (ou de acumulações de reformas ou de pensões) nunca superior a dez vezes a pensão mínima ou 5 vezes as pensões e reformas médias. Idem para os vencimentos. Princípios de aplicação universal, sem excepções de qualquer natureza, porque em situações criminosas como a actual não se aplicam os princípios dos “direitos adquiridos”; chulice e roubo não são “direitos” mas crimes. Faço notar que as regras que aqui proponho em conjugação com o ponto 2, permitem economizar mais de 20% da despesa pública corrente

d) Eliminação dos prazos de prescrição judiciais para crimes graves. As prescrições só devem manter-se para pequenos crimes e desde que não haja danos de terceiros ou estes tenham sido reparados. Os direitos do estado nunca prescrevem. Aumento, considerável, das penas de prisão para crimes graves. Estabelecimento do princípio da equidade em matéria de sentenças; isto é: dois crimes iguais não podem ter sentenças muito diferentes, nem os crimes mais graves podem ter sentenças inferiores às dos crimes menores.

e) Estabelecimento do princípio da responsabilização individual dos profissionais públicos e da justiça e da sua punição, devendo as indemnizações pagas pelo Estado às pessoas injustiçadas ser suportadas pelos respectivos decisores e intervenientes, que devem ser punidos criminalmente, afastados das suas funções e perder as regalias sociais adquiridas no exercício dessas funções.

Tudo o que se diz aqui é ÓBVIO mas, nas mãos dos nossos políticos, legisladores e decisores, nada é o que deve ser, bem ao contrário: tudo se subverte e perverte deixando-nos reféns da perfídia da aplicação das regras de forma cega, tendenciosa e premeditadamente perversa.

Visto que os políticos não sabem resolver os nossos problemas colectivos (ou sabem e não querem) deixem-nos ser nós a decidir, para podermos correr com eles e permitir que os cargos sejam ocupados por quem sabe e quer resolver os problemas, porque há quem saiba e queira e porque TODOS os problemas têm solução.

Asseguro-vos que, mais facilmente e mais depressa do que no caso do referendo do Aborto, as pessoas irão compreender estas questões e perceber o que tem de ser feito para acabar com esta bandalheira em que vivemos... e fazê-lo.

Peço a todos que reenviem esta mensagem.

2006/05/26

Valorar A Abstenção.

Vou tentar explicar o que eu entendo por “Valorar a abstenção”.

Mas antes deixem-me chamar a atenção para alguns aspectos “sociológicos”.
Um dos problemas que mais escandaliza a população é o facto de os que ocupam cargos políticos (ou públicos) ganharem muito e serem incompetentes e inúteis (para os cidadãos e para o País).
A grande dificuldade em inverter esta situação, em muitos casos, se não em todos, reside na presunção de cada interveniente; na dificuldade que as pessoas têm de se auto avaliarem, no “relativismo” das auto avaliações (há sempre quem seja pior e ganhe mais)… Para além de que, na nossa sociedade, tudo o que acontece de mal é “culpa dos outros”. Ninguém tem culpa de nada, nem tem nada que ver com o que quer que seja…
A meu ver, tudo isto reflecte comodismo e tacanhez dos respectivos, mas é fruto, principalmente, das “impunidades”, da ausência de mecanismos de responsabilização e punição, correcção, dos comportamentos "desviantes". Os titulares dos cargos só têm direitos, (a “prestígio”, a dinheiro, a serem respeitados sem merecer) não têm responsabilidades, não prestam contas.
Isto tem de mudar!
Têm de se instituir regras que permitam responsabilizar, devidamente e idoneamente, toda esta gente. Ninguém melhor do que o conjunto dos cidadãos, eleitores, para “exercer” essa função que, valha a verdade, lhe pertence, em exclusivo, por inerência da democracia.

Proposta de Alteração do Sistema Eleitoral!
- Propõe-se que o número máximo de Deputados seja reduzido para 100, correspondentes a 100% dos eleitores, no território nacional;
- Propõe-se a alteração dos métodos de eleição (contas), de modo a que a percentagem de deputados de cada força política seja rigorosamente igual à respectiva percentagem REAL de votos obtidos nas urnas, tomando como base o TOTAL DE ELEITORES INSCRITOS;
- Propõe-se a criação de um círculo uninominal por cada distrito; mais um círculo nacional, onde o número de deputados eleitos por cada força política, adicionado aos deputados eleitos por cada distrito, completaria o número correspondente à respectiva percentagem global de votos. As forças políticas que não elejam deputados distritais, mas que consigam uma percentagem de votos que resulte em um ou mais deputados, elegem o respectivo número de deputados pelo círculo nacional.
- A eleição dos lugares de deputados correspondentes à emigração deve ser tratada separadamente, por serem em reduzida percentagem, desprezando-se a influência da respectiva percentagem de abstenção.
- Que os deputados de cada formação política, sejam eleitos na correspondência exacta da percentagem real de votos obtidos; ou seja, a cada um por cento de votos deve corresponder um por cento de deputados, até um máximo de 100 lugares, para cem por cento dos votos, ficando vagos os lugares relativos à abstenção votos brancos, votos nulos e atribuídos aos pequenos partidos que não consigam eleger deputados, se estes não se manifestarem em contrário.
- Que os lugares não ocupados, no parlamento, sejam considerados como "opiniões desconhecidas", devendo as matérias mais controversas e as ESTRUTURAIS ser decididas por referendo (que deve ser convocado sempre que as "opiniões desconhecidas" possam ser determinantes para a respectiva decisão).
- O Primeiro Ministro deve ser nomeado de modo a garantir o apoio da maioria do parlamento. Se tal não for possível, deve o cargo ser entregue ao partido mais votado mas, neste caso, o seu desempenho deve ser referendado quando se esgotar a percentagem de tempo do mandato correspondente à respectiva percentagem de votos. (Este governo, por exemplo, teria de ser referendado ao fim de 30% do tempo de duração do mandato; ou seja: ao fim de 15 meses)
- Que a adequação do desempenho governativo e do parlamento sejam referendadas em cada dezoito meses de vigência dum mesmo mandato, devendo o parlamento e/ou o governo, serem destituídos se não obtiverem mais de 50% de votos positivos.

Que estas propostas de alteração sejam referendadas

Também defendo que o desempenho do Presidente da República e dos Presidentes das autarquias passem a ser “confirmados”, ou não, através de referendos, logo que termine a percentagem de tempo dos mandatos correspondente às respectivas percentagens de votos; devendo obter mais de 50% dos votos para poderem manter o cargo.

Todos os que não conseguissem a ratificação da maioria da população, não poderiam se recandidatar, nas duas eleições seguintes...
Quanto aos Governadores de Distrito, ou deixam de existir, ou então devem passar a ser eleitos directamente pela população (juntamente com as autárquicas), de entre candidaturas apartidárias, alargando-se as suas responsabilidades e competências…

A meu ver, alterações desta natureza só são legítimas se decididas, directamente, pelos cidadãos. Os políticos e deputados são parte interessada, pelo que não têm legitimidade democrática para decidir acerca de temas destes.
Esta proposta tem tanto direito a ser discutida publicamente e submetida a referendo como qualquer outra, visto que é diferente de todas as outras conhecidas. É uma questão de elementar (e honesta) democracia…

Muita coisa mudará, neste país (e nos outros), quando estas regras forem implementadas.
Todas as pessoas medianamente inteligentes têm noção do que é correcto, ou não, fazer, em cada situação ou opção, têm noção de o que corresponde aos interesses da maioria da população. Por isso só podemos concluir que as patifarias que nos destroem são premeditadas e “fruto” da impunidade…

Reparem que os cidadãos nem ao menos têm direito à verdade, em matéria de eleições. Quantas pessoas têm noção de que a “maioria” de Sócrates, nas Legislativas de 2005, foi obtida com uns reles 29,3% dos votos dos eleitores?

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APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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2006/04/03

A Demolição Da Censura?

Copiado directamente de "Para mim tanto faz"

Na semana passada, o actor norte-americano Charlie Sheen (Platoon – Os Bravos do Pelotão, Wall Street) colocou a carreira, e a própria vida, em risco ao dar duas entrevistas ao activista Alex Jones, nas quais pôs em causa toda a versão oficial dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.
Foi desta forma que ele se juntou a um grupo de centenas de personalidades que, nos últimos quatro anos e meio, têm vindo a público afirmar que essa versão oficial não só é implausível como impossível, chegando a violar as próprias Leis da Física.
Este grupo inclui Andreas Von Bülow, antigo ministro da Defesa e da Tecnologia da Alemanha e ex-director dos Serviços Secretos Alemães;
Michael Meacher, ex-ministro do Ambiente do governo britânico de Tony Blair;
Ray McGovern, antigo conselheiro presidencial e ex-analista da CIA;
Paul Craig Roberts, Secretário do Tesouro durante o mandato do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan e pai da sua política económica;
Robert Bowman, antigo director do Programa de Defesa Espacial Star Wars e ex-coronel da Força Aérea dos EUA;
Steven Jones, Professor de Física da Universidade de Brigham;
David Shayler, ex-oficial do MI5, os serviços secretos britânicos;
Morgan Reynolds, Professor catedrático da Universidade A&M do Texas que integrou o governo do actual presidente norte-americano George W. Bush durante o seu primeiro mandato,
e muitos, muitos outros.

Alguns destes nomes fazem parte de um movimento criado em Janeiro deste ano chamado Scholars for 9/11 Truth (Académicos pela Verdade sobre o 11 de Setembro), que conta com cerca de 50 membros, entre os quais professores universitários, estudantes, cientistas e investigadores de diversas áreas.
Todas estas individualidades apresentam informações que têm sido constantemente censuradas pelos órgãos de comunicação social, e sugerem que o 11 de Setembro tenha sido um golpe interno perpetrado pela elite que controla o poder político e militar nos EUA.
Algo que se torna ainda mais perturbador quando muitos outros atentados, como os de 11 de Março de 2004 em Madrid e os de Julho de 2005 em Londres, sofrem dos mesmos sintomas: modus operandi semelhantes, planeamento e execução militares, ocultação de factos, uma investigação ridícula e versões oficiais incoerentes que não resistem a indagações mais meticulosas.
Os objectivos de todas estas operações psicológicas são comuns: muito resumidamente, criar várias crises de terror em toda a população ocidental e apresentar como soluções imediatas cruzadas bélicas para ocupar pontos estratégicos no planeta, permitindo a expansão da hegemonia global norte-americana e o controlo total de recursos vitais; ao mesmo tempo que se retiram liberdades aos cidadãos sob o pretexto de uma maior segurança, permitindo controlar toda a população e aniquilar quaisquer linhas de pensamento dissidentes (“é para vossa protecção!”, tal como referido em V de Vingança, um filme actualmente em cartaz que recomendo).
No entanto Charlie Sheen fez na semana passada o que ilustres investigadores, professores catedráticos e ex-ministros não conseguiram durante quase cinco anos: furar a censura e conseguir algum tempo de antena num programa da CNN, que transmitiu as suas declarações e expôs milhões de pessoas a factos sobre o 11 de Setembro que têm sido permanentemente ocultados.
Um feito ao qual se seguiu uma onda de ódio na imprensa norte-americana e britânica – os fabricadores de opinião atacaram Sheen pelo seu passado controverso mas foram incapazes de contestar os factos expostos por ele.
O actor, agora também activista político, respondeu pessoalmente a vários ataques e desafiou os media a confrontar as evidências.
De notar que os actores Gary Busey (Arma Mortífera, Predador 2) , Dean Haglund (Ficheiros Secretos) e James Woods (Ghosts of Mississippi) já muito antes tinham vindo a público dizer que existem milhares de perguntas sobre o 11 de Setembro que permanecem sem resposta.
Nas últimas horas, a actriz Sharon Stone (Instinto Fatal) e o actor, realizador e produtor Ed Asner juntaram as suas vozes a Charlie Sheen.

Aos poucos a população directamente afectada pelas operações de terror acordou e percebeu que o discurso dos políticos e dos jornalistas não bate certo com a realidade. Na sequência das reportagens sobre Sheen a CNN questionou o seu público se acredita que a administração norte-americana encobriu a verdade sobre o 11 de Setembro: 83% dos participantes disseram que sim, numa consulta com mais de 53.000 votos únicos.
Uma sondagem da Zogby International realizada a Agosto de 2004 em Nova Iorque indica que 49,3% dos habitantes dessa cidade acreditam que os líderes norte-americanos tiveram conhecimento prévio dos atentados do 11 de Setembro e conscientemente deixaram-nos acontecer; e 66% querem uma nova investigação desses acontecimentos.
Aqui ao lado, em Espanha, repetem-se os números: a sondagem patrocinada pelo jornal El Mundo no segundo aniversário dos atentados do 11 de Março revela que 66% dos espanhóis acreditam que ainda não lhes disseram a verdade sobre o que realmente aconteceu nesse dia nos comboios de Madrid.
Mas mesmo com os cidadãos a fazerem perguntas e as celebridades a levantarem as suas vozes o bloqueio informativo permanece, e o futuro continua muito sombrio. Este embuste do terror islâmico e da Guerra contra o Terrorismo já provocou a morte de centenas de milhares de seres humanos; a invasão e destruição de dois países: Afeganistão e Iraque; e o estrangulamento das poucas liberdades civis que nos restam.
Os verdadeiros terroristas e as suas redes de cúmplices estão neste preciso momento em stand-by para avançar rumo ao terceiro país a ser “libertado”: o Irão. Um acto desesperado cujas consequências são imprevisíveis.
Que mais é preciso acontecer para agirmos?
Aqui por Portugal, tanto a comunicação social (tirando algumas raras excepções) como todos os partidos políticos colaboram activa e conscientemente na execução e encobrimento destes crimes. Eles já revelaram de que lado estão.

E nós, vamos ficar de braços cruzados à espera dos próximos atentados, quem sabe se nucleares? As bombas do 11 de Março provocaram 191 mortos e mais de 2000 feridos, e explodiram a menos de 400 quilómetros do nosso país. Como já foi dito, não estamos livres que Portugal seja o palco escolhido pelos criminosos para um dos próximos rituais de chacina humana. Por outro lado, já estamos a pagar esta loucura no preço do petróleo, e muito mais pagaremos quando a anunciada invasão do Irão encerrar todo o Golfo Pérsico.
Estes políticos estão contra a vontade da maioria da população que supostamente representam, e mancharam o nome de Portugal através da sua subserviência política e militar, cedendo tropas e equipamento de combate e gastando largos milhões de euros dos nossos impostos para participar num dos maiores crimes de sempre contra a Humanidade.
A conclusão é muito simples: temos de ser nós próprios a passar a palavra!
Vejam e divulguem os vídeos com a informação que a CNN transmitiu mas que os media portugueses não se atrevem a tocar:
Parte 1, 23/03:
Parte 2, 23/03:
Parte 3, 24/03:
Parte 4, 24/03:
Parte 5, 27/03 (com Sharon Stone):
Primeira entrevista de Alex Jones a Charlie Sheen:Vídeo:
Áudio:
Segunda entrevista de Alex Jones a Charlie Sheen: Áudio baixa qualidade:
Áudio alta qualidade:
Site oficial de Loose Change, o melhor documentário sobre o 11 de Setembro: Trailer de Loose Change:
Baixa qualidade:
Alta qualidade:
Reportagens da FOX sobre Loose Change (Dezembro de 2005):
Reportagem 1:
Reportagem 2:

Vou só acrescentar mais este link, que me foi sugerido por email, porque também vale a pena ler e consultar

Então "Passemos a palavra"!

P.S.: É por isso que eu defendo a valoração da abstenção. Agora, os nossos políticos são mais fiéis e subservientes para com os americanos (a pior escumalha entre os americanos) do que são representantes do próprio povo que os elegeu. Por menos votos que tenham, por mais que os cidadãos se recusem a votar neles, actualmente isso não faz qualquer diferença... eles continuam a usar o poder para servir os americanos.

Este artigo e este tema são referidos ou reproduzidos em (que eu saiba):
- Troll-Urbano
- Para Consumo da Casa
- Arredemo, onde se diz que a denúncia "anda a percorrer a rede"!
- Um Homem das Cidades, onde se podem encontrar muitos outros interessantes artigos sobre este assunto,
- e ainda em destaque em "A Nau Catrineta"
- Para além das caixas de comentários dos blogues linkados na margem.
No AspirinaB este comentário foi censurado (Rectificação: afinal o comentário, no AspirinaB, terá sido eliminado acidentalmente "pelo sistema de edição", "por conter vários links?"!)

Este blog bateu um novo recorde de visitas. Em poucos dias mais de 500 pessoas leram este artigo aqui (haverá muitos mais que leram nos outros sites)... É só para provar que é possível romper a barreira de censura, cretina, dos OCS...
A participação de todos e de cada um é (aqui também foi) muito importante... Mas ainda há muita coisa para fazer...

2006/01/23

Se Todos Os Votantes Contassem...

Passos Perdidos!

Se os votos brancos e nulos contassem, para o cálculo das percentagens atribuídas a cada candidato (como acontece nas legislativas), Cavaco Silva NÃO teria sido eleito à primeira volta!

Teria obtido, apenas, 49,66% dos votos

É caso para dizer que foram "passos perdidos" os dos que interiorizaram os apelos ao voto e foram tentar "marcar posição".
Estes votos não foram considerados para o cálculo das percentagens atribuídas aos candidatos, nem foram "considerados" como abstenção, contribuindo para reduzir esta percentagem (que começa a "incomodar"). Nos resultados oficiais, é como se estes eleitores não existissem...
É caso para dizer: é o cúmulo da vigarice!

Presidenciais 2006. Resultados!

Presidenciais 2006. Resultados!

No meio dum turbilhão de coisas para analisar, criticar, (cuja verdadeira dimensão e significado ainda desconhecemos) vamos ater-nos, por agora, apenas, aos VERDADEIROS Resultados Eleitorais de ontem, calculados com os números disponibilizados pelo site oficial, às 12 horas do dia 23 de Janeiro de 2006:

TOTAL DE ELEITORES INSCRITOS: --- 8 830 706 ------ Perct.
Total de votantes ------------------------- 5 529 117 ----- 62,61%

Cavaco Silva --------------------------- 2 745 491 ----- 31,09%
Manuel Alegre --------------------------- 1 124 662 ----- 12,74%
Mário Soares ---------------------------- -- 778 389 ----- - 8,81%
Jerónimo de Sousa -------------------- -- 466 428 ----- - 5,28%
Francisco Louçã ------------------------- -- 288 224 ----- - 3,26%
Garcia Pereira --------------------------- --- 23 650 ----- - 0, 27%

Abstenção + Nulos + Brancos --------- - 3 403 862 ---- 38,55%

Se eu adoptasse a atitude, estupidamente presunçosa e mesquinha, que caracteriza os políticos e os apoiantes dos concorrentes, proclamaria vitória e reivindicaria “a credibilidade” devida a se terem concretizado as minhas “previsões”.

Mas eu não faço isso porque, ao contrário dos referidos, não tenho problemas de auto estima, nem de afirmação pessoal, ou de “reconhecimento”; muito menos pretendo impor as minhas opiniões ou opções, em detrimento das alheias.

Não faço isso porque esta é uma situação deplorável, desesperante, que apenas “promete” a continuação e agravamento das “nossas desgraças”, da falta de esperança e ausência de auto estima colectivas. Não há como “alimentar” euforias (falsas)…

Não faço isso porque a circunstância de a situação ser da total responsabilidades dos protagonistas políticos não adianta um milímetro à luta por mais e melhor democracia.
Não faço isso porque eu não ganhei nada! Perdemos todos!

Não faço isso porque “mais e melhor democracia” implica igual respeito pelas opiniões e opções expressas por todos e por cada um, incluindo a abstenção (sem excluir “os outros”).
Não faço isso porque o que me move é lutar pelo reconhecimento do respeito devido a TODOS, incluindo, portanto, os que votaram em algum dos candidatos. Não estou a disputar espaço alheio, mas o direito ao próprio espaço, a que este não seja apropriado, indevidamente, por outros

Mais! Luto pela valoração da abstenção, apenas e só, porque permite resolver os nossos problemas colectivos.
Luto pela valoração da abstenção porque a nossa classe política é composta por gente sem pudor, sem vergonha e sem dignidade, cínica, a quem tem de ser imposta “rédea curta”, meios de responsabilização, para travar os seus ímpetos perversos, que nos têm destruído (e nos irão continuar a destruir, como se pode ver pelo resultado destas eleições).

Cavaco Silva foi conduzido em ombros, pelos restantes, candidatos, desde antes de ter anunciado a sua candidatura, até à eleição. Ganhou, com a ajuda de todos os outros. Por isso nenhum se pode queixar dos resultados, que ajudaram a “obter”. Principalmente o Primeiro Ministro, apostou, desde o início, na eleição de Cavaco Silva. Este foi o “seu” candidato, desde sempre. Eles são da mesma laia… TODOS!

Já agora, como termo de comparação (e porque este post tem grandes probabilidades de ser lido à distância; no tempo e no espaço), aqui ficam as percentagens oficiais, de votos, atribuídas a cada candidato:
Cavaco Silva ------ 50,59%
Manuel Alegre ---- 20,27%
Mário Soares ----- 14,34%
Jerónimo ---------- - 8,59%
Louçã -------------- - 5,31%
Garcia Pereira ---- - 0,44%

Convenhamos que ser eleito com 50,59%, ou ser eleito com 31,1% dos votos tem significados completamente diferentes. A vigarice é tal que a população nem sequer tem direito à verdade dos números…

2006/01/04

2005,O Balanço Do Nosso Desencanto!

Publicado também em Editorial

Este post devia ter “saído” há cerca de oito dias!
Está difícil!

É que, olhar para o ano que passou, depois de ter acompanhado e participado na luta por um país e um Mundo mais digno e avaliar os “resultados” é algo de muito doloroso… Por isso o adiar; mas não há volta a dar-lhe, tem de ser…
O ano que passou foi o primeiro ano civil de existência do meu blog "Sociocracia". Foi o primeiro ano que começou e acabou na “vigência” desta luta. Este blog completou um ano de existência no dia 17 de Outubro de 2005.
O meu primeiro post de 2005 falava da paranóia da “luta contra o terrorismo” e respectivas mentiras, mistificações, manipulações, campanha de terror sobre toda a população do Mundo… Neste aspecto: da guerra e respectivas “justificações”, o que é que melhorou?

No segundo post do ano transacto, datado de 05-01-2005, eu escrevia:

“Mais uma vez constatamos que tudo isto só é possível devido à subserviência canina, da comunicação social, aos mais pérfidos interesses dos mais pérfidos personagens.
O progresso a que temos direito, o país, o bem estar do cidadão, não contam, para ninguém: jornalista, governante, ou político. Os interesses dos criminosos, e só esses, é que contam.
Também já o disse, mas nunca é demais repeti-lo, enquanto este tipo de crimes infames forem possíveis, na nossa sociedade, com envolvimento das instâncias de investigação e judiciais, não será possível, nem sequer, a resolução dos nossos problemas económicos, muito menos os sociais. Numa situação destas não há competência que resista; não adianta ter ilusões.
Também já o disse, mas como ninguém ouve, vou continuar a repeti-lo, até que se ouça (ou compreenda), que os nossos piores problemas têm origem no facto de este país estar nas mãos de criminosos. E não me refiro aos “inimigos sem rosto” inventados pela magistrada Maria José Morgado, porque não existem (e porque não sou D. Quixote); refiro-me a estes criminosos, que assim se pavoneiam, despudoradamente, e se exibem, nos órgãos de comunicação social, ante a complacência dos governantes e políticos”.
Vocês perceberam alguma melhoria no que concerne a estas questões? (da alta criminalidade e seu domínio sobre o País, das cumplicidades e apoios dentro da comunicação social, etc.).

Durante todo o ano passado li, na blogoesfera e na comunicação social, todo o tipo de denúncias e reproduzi algumas delas.
Para completar a lista, ainda faltam os episódios que relatei, de entre os muitos que me chegaram ao conhecimento, particularmente.

Esgotado o tempo do ano civil e chegado o momento do balanço que podemos concluir?
Quais os frutos desta luta?
O que é que melhorou?
Que é feito dos nossos direitos de cidadania?
Que esperança nos resta?
Como atingir os nossos anseios de uma vida melhor, de um Mundo melhor, duma sociedade digna?

Cada um que responda como achar melhor!
Por mim, para ilustrar, com exemplos concretos, como convém, o que estou a tentar dizer, peço-vos que atentem no conteúdo deste post, publicado em 12-10-2005.

E agora, para que se perceba, bem, “o efeito” (nulo) destas denúncias, a evidenciar o arrivismo, a falta de vergonha e de dignidade, a arrogância prepotente e vil dos nossos políticos, aqui fica a transcrição dum post publicado em “Um Homem das Cidades”, no dia 29-11-2005:
...
“Exonerados da Refer, Braamcamp Sobral, Luís Miguel Silva e José Marques Guedes assumiram já o cargo de assessores na CP, enquanto Pires da Fonseca, ex-administrador da CP, integrou os quadros da Refer.
Segundo fontes contactadas pelo CM, os agora assessores ainda não iniciaram a sua actividade nas respectivas empresas, encontrando-se, alegadamente, de férias. O certo é que já receberam os novos ordenados, bem como o subsídio de Natal a que têm direito pelos seus novos postos.
De acordo com as contas feitas pelo CM, cada um dos assessores dos conselhos de gerência recebeu entre 3800 e quatro mil euros líquidos de ordenado e mais de 600 euros de subsídio de Natal, correspondentes aos meses “trabalhados” nas novas funções.
Para além do ordenado, os assessores dispõem de carro, telemóvel, cartão de crédito e despesas de representação.
Ao integrarem os quadros de pessoal daquelas empresas, os gestores acabaram por beneficiar em pleno dos actos pelos quais foram despedidos do Estado com justa causa.
Questionadas pelo CM sobre o paradeiro dos novos assessores e das funções que lhes foram atribuídas, nem a CP nem a Refer deram qualquer resposta.Os administradores foram exonerados em Outubro pelo Governo “por manifesta inobservância da lei e violação grave e reiterada dos deveres dos gestores públicos”.
Entre as irregularidades detectadas, encontram-se a contratação cruzada de administradores entre a CP e a Refer.
Em Outubro foram também exonerados “por quebra de confiança” António Rosinha e, a seu pedido, Pires da Fonseca, os dois quadros da CP admitidos pela Refer.”
...
Isto é assim, há décadas, enquanto a nossa indignação cresce... Esta gente não tem pudor, nem dignidade, nem vergonha!

Muitas outras denúncias por aqui passaram, com resultados semelhantes ou piores…

Um dos nossos pesadelos colectivos mais graves é o funcionamento da Justiça.
Também nesse sector nada mudou, a não ser para pior, como acontece sempre que “as crises” não têm as soluções devidas…
Neste sector, podemos citar como exemplo mais gritante dos motivos do nosso desencanto o "Caso da Joana", que desapareceu, duma aldeia algarvia e cujos familiares foram acusados do seu assassinato SEM PROVAS, tendo sido condenados apesar de, obviamente, estarem inocentes.
Neste país é assim: os inocentes vão para a cadeia, à mercê dos caprichos de criminosos, sem escrúpulos, que asctuam de dentro das instituições da justiça, enquanto que os criminosos, comprovados, são postos em liberdade.
Apenas como exemplos ilustrativos, (de criminosos a quem é garantida impunidade e até a liberdade)
citemos o caso do traficante Franklim Lobo;
dos acusados da morte dum agente da PJ;
do facínora que assassinou dois agentes da PSP, na Amadora (de cuja existência e cujo paradeiro eram conhecidos das polícias), para quem o advogado Martins invoca incapacidade psicológica;
e, finalmente mas não menos importante, do facínora que assassinou Nélio Marques, que esteve em prisão domiciliária até há pouco tempo, mas que foi “posto em liberdade”, pelo juiz, perante a indignação, manifesta, dos familiares e amigos da vítima.
Isto a par da prisão preventiva de inocentes, como aconteceu no Processo Casa Pia, e não só, no meio dos episódios e actos mais absurdos e abjectos praticados por “protagonistas” da justiça e outros…
Entretanto, mais um amigo juntou a sua às nossas vozes, com muitos e fortes motivos pessoais para o fazer… resultados?

É um nunca mais acabar de episódios escabrosos, a evidenciar bem que o mau funcionamento da justiça se deve, exclusivamente, “aos protagonistas”, seu despudor e respectiva impunidade… A evidenciar bem que temos razão quando afirmamos que mais de 60% dos processos não existiriam, se os protagonistas da justiça fossem idóneos, dignos.

Da protecção de menores e dos crimes praticados (pela sociedade e com a conivência e cumplicidade da sociedade) sobre crianças, cada vez mais novas, nem vale a pena falar (porque já adiei demais este post)… Também aqui a situação se tem vindo a agravar.

Quanto à situação económica e social, não há necessidade de nos alongarmos, porque todos sabem, todos vêem… não podemos ignorar! Mas também porque não é possível melhorar este estado de coisas sem que os problemas fundamentais, da justiça e do funcionamento do estado e instituições se resolvam.


E agora pergunto: Para 2006, que podemos esperar?

Receio que apenas aquilo que por que formos capazes de lutar, que formos capazes de conquistar, sem tibiezas…

2005/11/25

Com Um Ano de Atraso!

Publicado também em Editorial
Recentemente tem-se ouvido falar muito dos aviões, fretados pela CIA, usados para transportar cidadãos, aleatoriamente escolhidos, que a CIA decide torturar, maltratar de forma prepotente e arbitrária, com o objectivo de os “transformar” em TERRORISTAS.
Esta história é antiga, tem pelo menos um ano, e já nessa altura as denúncias encontraram eco na blogoesfera, tendo sido tema, inclusive, do Programa “60 minutos”…
Também neste blog o assunto foi referido várias vezes…
É claro que os aeroportos portugueses foram utilizados. A “Humans Rights Watch” (finalmente acordaram) identifica três escalas, destes aviões, no aeroporto Sá Carneiro. Os aeroportos nacionais foram utilizados e, a julgar pelas declarações dos nossos governantes, com o conhecimento e consentimento de todos eles… Gente abjecta!
Achei curiosas as declarações de Mário Soares, a propósito deste assunto:
Ele acha que está “preso” a uma candidatura presidencial e, por isso, diz: - “não nos devemos precipitar”…
Todavia, se estivesse “livre” até era capaz de escrever uns artigos sobre o assunto… Se for verdade é muito grave, diz.
“Se for verdade”, porque, depois de tantos factos conhecidos, de tantas denúncias durante tanto tempo e de tantas evidências, ele não sabe se será verdade. A “verdade” dele é, sempre, outra…
Eu bem vos disse que ele só participou nas “manifestações anti guerra” porque não estava no poder. Se estivesse teria feito exactamente o mesmo que Durão Barroso… É por estas e por outras que este indivíduo sempre me meteu nojo!
O que é a vontade e os sentimentos da população portuguesa não interessa nada. As manifestações anti guerra? São só folclore, que não deve ter quaisquer consequências, no entender desta escumalha …
Quanto a Cavaco Silva, certamente que não se lhe ouvirá uma palavra de repúdio, como é natural (da sua natureza), porque para esse, o que pensa a população portuguesa não interessa, nem nisto nem em qualquer outro assunto…
De Sampaio nem vale a pena falar. Esse acha que “estamos bem onde estamos”: subjugados, pelas mãos dos nossos políticos, traidores, a servir de capacho aos americanos, sem direito a opinião própria, autónoma, como se não fôssemos um país independente… Grande contribuição para a auto estima do País... que não é tratado como País, nem pelos seus próprios governantes.

2005/10/10

Autárquicas 2005 (de 09/10). Resultados!

Publicado também em Editorial
É incrível como todos nós nos tornamos previsíveis! Este era, certamente, o artigo que todos esperavam encontrar aqui, hoje. Esteve quase a não ser possível, por falta de tempo.
Sim porque vocês compreendem: refazer as contas todas, distrito a distrito, e depois, especificamente para alguns Concelhos, não é tarefa fácil. Gosto de fundamentar o que digo e, por isso, com o esforço de toda a manhã, aí têm os resultados.
Os dados foram recolhidos no site da RTP e os valores verificados já depois das 15 horas de hoje.
Vejamos, então, o que nos dizem os resultados eleitorais, expurgados da vigarice!
Umas coisas interessantes:
No conjunto do distritos do Continente (excluindo as Ilhas),
o PS (partido mais votado), obtém 21,85% dos votos;
o PSD obtém 16,53% (mais 4,32% em coligações com outros partidos). Total: 20,85%
a CDU obtém 6,9%
o BE obtém 1,83% (com uma excelente ajuda de Sá Fernandes, em Lisboa, onde obteve a sua segunda melhor percentagem. A melhor foi em Setúbal).
O CDS obtém 1,85%
A abstenção (incluindo nulos e brancos: votos não expressos) situa-se nos 44,84%. Continua a ser, de longe, a opção maioritária, ultrapassando a soma das percentagens dos chamados “partidos de governo”: PS+PSD+CDS que, em conjunto, obtêm 44,55% dos votos.
Se os partidos tivessem um pingo de vergonha, tivessem noção de limite, ou percebessem que, a continuar assim, “um dia a casa cai” (em cima deles), teriam aqui um sério motivo para se preocuparem e inverterem o caminho que têm escolhido. Infelizmente a soberba e a cegueira é tanta (juntamente com a cretinice e a presunção) que só quando ficarem debaixo dos seus próprios escombros é que acordarão. Esta gente perdeu toda a noção de limite.

Se já tivesse sido valorada a abstenção (E tivesse sido eleito um governador para cada distrito), o que se manteria por mais tempo, seria o de Bragança, do PSD, com 33,68% dos votos, seguido do da Guarda, do PS, com 32,13% dos votos. Mesmos estes, permaneceriam nos lugares cerca de 15 meses, até terem que ser ratificados, pela população, com a obrigatoriedade de obterem mais de 50% dos votos positivos, porque é para isso que servem os cargos do poder.

Vejamos o que se passa com os Independentes.
Foi grande surpresa, para mim, verificar que concorreram independentes em 25 Concelhos do País. Conquistando, ou reconquistando algumas Câmaras. Surpreendente é o facto de, nestas 25 candidaturas, a 14 delas terem sido atribuídas percentagens de votos oficiais acima dos 20%. A dispersão das percentagens vão desde pouco mais de 1,5% em 3 Concelhos, até 36% (percentagens reais, não as oficiais) em Gondomar e Felgueiras.
Mas há outras Câmaras que estão nas mãos de Independentes já há algum tempo, que foram reconquistadas por independentes.
Merecem particular destaque, pela expressividade das respectivas votações, os casos de:
Alvito, com 25,52%; Campo Maior, com 27,19%; Alcanena, com 26,35%; Belmonte, com 28,25%; Sabrosa, com 24,47%; Penedono, com 22,31%, Arouca, com 16,65%; Alter do Chão, com 14,88%; Nazaré, com 13,88% e Tomar, com 12,69%.
Omiti, de propósito, todos os casos badalados, porque acho que estes também merecem destaque e nunca o tiveram. Até porque, estas percentagens de apoios fazem inveja à generalidade das forças políticas.
Em média, o conjunto dos independentes obtém um apoio da ordem dos 17%, só ultrapassado pelos dois maiores partidos…
Sendo certo que este apoio é conseguido à custa dos partidos, visto que a abstenção continua a ser, de longe, a opção maioritária…

É nas causas, profundas, deste comportamento do eleitorado; é no descontentamento para com a acção dos partidos e dos políticos assim evidenciada; é na ausência de credibilidade e de idoneidade dos políticos que está a explicação para as vitórias de alguns candidatos, que muitos consideram inexplicável (porque pretendem apagar, pela vigarice, a verdade dos números que os condenam; são cegos, por opção), atribuindo estas vitórias à falta de honestidade dos próprios eleitores, quando afinal isto evidencia a ausência de alternativas credíveis, de lideres reconhecidos pelas populações…

Ah! Isaltino ganhou com 19,18% dos votos…
Só Valentim (mercê do apoio e cumplicidade do próprio governo, que lhe mantém todos os tachos); e Fátima Felgueiras (mercê do ódio conquistado pelos partidos, e do descrédito do sistema judicial, envolvido em todo o tipo de conspirações e cumplicidades com a alta criminalidade), obtiveram votações expressivas, acima dos 36%, mas muito semelhantes em ambos os casos: Valentim teve 36,73% dos votos e Fátima Felgueiras teve 36,19%.
Isto porque a abstenção, em Gondomar, foi superior a 36%, enquanto que, em Felgueiras, foi inferior a 23%.
Feitas estas considerações, reposta a verdade dos factos e dos números, impõe-se reafirmar a absoluta necessidade e oportunidade de lutar pela valoração da abstenção, com todas as suas consequências, como forma de obstar à continuação da impunidade dos crimes praticados pelos políticos, como forma de cercar e responsabilizar as falhas dos políticos (que não merecem os votos dos populares); como forma de obrigar os políticos (estes ou outros quaisquer) a irem atrás das soluções, a implementarem as soluções para os nossos problemas, porque as soluções existem, mas quem detém o poder é que tem de as procurar e de as implementar. Estes políticos (e, se não nos precavermos, outros quaisquer que lhes sucedam) nunca se darão à maçada de fazerem o que devem fazer, se não forem obrigados pela pressão, intransigente, dos cidadãos, pela exigência de respeito para com todos e cada um dos cidadãos.

Estes direitos, que têm sido espezinhados e ignorados pelos políticos, são nossos. Se não lutarmos por eles, se não os exigirmos intransigentemente, nunca os veremos reconhecidos. Porque haveriam os políticos de se preocupar com isso, se até é prejudicial para eles? Se ganham tão bem e têm tantas mordomias sem se esforçarem nada, com a actual situação, mesmo que as pessoas não votem? Se votarem, submetendo-se à manipulação e abdicando da opinião própria, ainda é pior…